Coluna Lya Alves: Diversidade Religiosa


As duas primeiras manifestações culturais foram, historicamente, o trabalho e a religião. Tudo era ritual. Foram necessários milhares de anos e profundas transformações histórico-sociais para que hoje tenhamos atividade cultural autônoma dotada de valor e significado próprio.
Não foi por acaso que o artista passou a ser visto como gênio criador inspirado, indivíduo excepcional que cria algo fora do comum: o artista recebia seu dom dos deuses e para os deuses. Walter Benjamin fala sobre a dimensão religiosa das artes, que conferiu às obras de arte a aura. A arte tinha como finalidade sacralizar e divinizar o mundo. Mesmo quando a arte deixa de ser parte da religião para se tornar autônoma, não perdeu seu encanto, nem sua magia. 
 O cenário democrático da Modernidade possibilita o desenvolvimento das condições que permitiram aos sujeitos reivindicarem o direito à diferença. O pluralismo religioso opõe-se á concentração de poder, e à intransigência. Portanto, se há uma proposta de diálogo religioso, sem a pretensão de torná-la um inofensivo instrumento de ideologias, sentemo-nos a mesa e participemos do banquete.

Lya Alves

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