MundiArt na Aliança Francesa: Entre quatro paredes




Entre quatro paredes
A exposição contém trabalhos de 16 artistas que discursam sobre o real, o irreal, o imaginário, memória fragmentada, e percepção. “Entre quatro paredes”, somos o que somos. Nas paredes da galeria, a arte ainda é o que parece ser sem estar presa a valores ou ordens e continua se reinventando a cada olhar. Sartre nos ajuda a compreender a obra de arte plástica, visível, material, descritiva e, no entanto, misteriosa, indizível ou indecifrável. O filósofo nos auxilia quando buscamos, pela filosofia, a “profundidade” da arte. Para ele, imagem significa ausência. De qualquer maneira, na concepção sartriana, a imagem é abstrata, e desqualifica radicalmente a imagem como imitação. Ele nega à imagem todo valor representativo, e afirma o estatuto particular da imagem enquanto realidade imaginária; afirmou em uma entrevista que procurar a pessoa, o modelo no retrato, é parar de ver o quadro, mesmo porque a imagem é o produto de duas consciências constituintes, de “representação”: aquela do artista e aquela do espectador. A imagem é um irreal: fruto de nossa consciência representacional, de nossa intencionalidade. A imagem não existe senão sob forma de imagem, como figuração, produto duma imaginação ativa e não passiva. A imaginação é a consciência inteira enquanto ela realiza sua liberdade. A imagem, segundo Sartre, se integra a sua filosofia da liberdade. Ela marca a emancipação, a libertação do autor e do espectador, que toma seu lugar também, o reconstitui. O que a filosofia mostra e que a estética se dá como tarefa de descrição, é o excesso da arte sobre o real, que revela não a sombra, não o opaco, mas o conteúdo humanamente significativo.
Lya Alves



Sartre
The exhibition includes work by 16 artists who speak of the real, the unreal, imaginary, fragmented memory, and perception. "Within four walls," we are what we are. On the walls of the gallery, the art is still what seems to be stuck with no values or orders and continues to reinvent itself every look. Sartre helps us to understand the work of art, visible, material, and descriptive, however, mysterious, unspoken or indecipherable. The philosopher helps us when we seek, philosophy, the "depth" of art. For him, image means no. Anyway, in the Sartrean conception, the image is abstract, and disqualifies a radical image as imitation. He denies all the image representative value, and affirm the special status of the image as imaginary reality, said in an interview to look for the person, the model in the picture, you stop seeing the picture, if only because the image is the product of two minds constituents of "representation": that the artist and that of the spectator. The image is a unrealistic: the fruit of our representational awareness of our intentionality. The image exists only in the form of image, as figuration, the product of an active imagination and not passive. Imagination is the entire consciousness as it realizes its freedom. The image, according to Sartre, integrates his philosophy of freedom. It marks the emancipation, the liberation of the author and the spectator, who takes his place too, reconstructs. What philosophy and shows that aesthetics is given the task of description, is the excess of art on the real, shows not the shadow, not opaque, but the content humanly significant.
Lya Alves

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