Guerreiros on the road: 1º concurso de graffiti em Manhuaçu - por Lya Alves


Mês passado participei do 1° concurso de graffiti em Manhuaçu, fui selecionada, na final, deu empate técnico fiquei em  2° lugar, e depois em terceiro, por decisão popular. Comemorações à parte, foi muito interessante ver oque pessoas comprometidas podem fazer pela arte numa cidade. Parabéns Comendador Fabrício Santos, pela iniciativa, ficamos todos honrados em participar de um trabalho pioneiro, que serve como modelo e exemplo à secretarias de cultura engessadas e inoperantes.  


Pra destacar, tenho o diálogo com Fabrício, que ouviu nossas questões, como “graffiteiro não gosta de competir”, “Fabrício, não dá pra avaliar tanto trabalho diferente, a gente preferia se fosse um prêmio igual pra todos”. A gente não pensava que realmente ele estivesse nos ouvindo, mas estava ouvindo, e agindo. Ao invés do tradicional “tapinha nas costas seguido de ostracismo absoluto”, ele nos atendeu e já no sábado nos veio com a notícia de que o projeto terá continuidade, com uma seleção e uma premiação igual para os finalistas, como aconselhamos, além de outras novidades. É, tem hora que vale a pena. Além disso, tem outro aspecto interessante, a primeira coisa que reparei em Manhuaçu foi que não havia graffitis por onde passei e isso se estendia a toda a cidade. Então percebi que o concurso tinha uma proposta educativa, também. A grande maioria não conhecia o graffiti como proposta artística, mas o concurso tinha esse aspecto também: ensinar uma nova forma de expressão artística, incentivando, educando, e remunerando os artistas. Cara, como eu gostaria que fosse assim em Niterói. Certamente teríamos muito mais trabalhos nas ruas. Ao invés de cal para apagar graffitis, que tal incentivo e respeito aos artistas de rua?


O 1° Concurso de  graffiti de Manhuaçu foi mais do que um concurso, fizemos história.  E foi uma oportunidade de conhecer grandes artistas com trabalhos fantásticos, e rever velhos amigos como o Drox, de Sampa (em novembro, a gente se vê na terra da garoa!!). A imprensa local deu muita cobertura ao evento, obrigada a todos. 

Aproveitei que as malas estavam prontas, liguei pra André e disse: “Gatinho, que tal a gente passar um tempinho juntos, longe do trabalho, longe de casa?”- E assim André montou em seu cavalo branco e ...Bom, não foi um cavalo branco, foi de ônibus mesmo, mas ao romance estava no ar. É isso aí, Minas na Primavera. Fomos a BH, e encontramos os amigos Rodney Machado e Luciana Rocha, mas isso é papo pra outro post. . 

Veja os vídeos do 1º Concurso de graffiti de Manhuaçu clicando aqui.

Lya Alves

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