Alienação Parental

Procurava eu um pretexto para escrever sobre alienação. Na verdade, pensei em luta de classes, algo mais Karl Marx. Ou talvez sobre a forma como os meios de comunicação atuam para deixar as pessoas burras e condicionadas, mantendo-as longe de assuntos que gerem reflexão ou conscientização. Isso é efeito da exposição de outubro, que está em deixando louca. Acabei descobrindo um novo tipo de alienação
Sabe aquela estória de quando os pais se separam e um fica falando mal do outro para os filhos? Isto é alienação parental:

"Síndrome de Alienação Parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Richard Gardner [3] em 1985 para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor".
(Pra saber mais, acesse  o site de onde este texto foi retirado: http://www.alienacaoparental.com.br/)


Foi sanciononada na última quinta-feira, dia 26 de agosto de 2010, a Lei da Alienação Parental .Com a Lei n° 12.319, a alienação parental é crime previsto em lei.


A lei prevê medidas que vão desde o acompanhamento psicológico até a aplicação de multa, ou mesmo a perda da guarda da criança a pais que estiverem alienando os filhos.

Leia o texto da Lei na íntegra.




Agora fique com Mário Quintana, e Carlos Drummond de Andrade, porque ninguém é de ferro:

As Mãos do Meu Pai
As tuas mãos tem grossas veias como cordas azuis

sobre um fundo de manchas já cor de terra
— como são belas as tuas mãos —
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos...
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas...
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah, Como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.
E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas...
essa chama de vida — que transcende a própria vida...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma...

(Mario Quintana)

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Para Sempre


Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?

Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça,
é eternidade.

Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?

Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:

Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade



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