Coluna de Lya Alves - Design Inteligente



As pessoas falam de preconceito o tempo todo. Vou te contar, é um saco sofrer preconceitos. Digo isso, porque sou cristã e já passei por situações esdrúxulas de discriminação social por ser evangélica. em entrevistas de emprego, pelo menos três vezes não consegui um emprego por isso. Deixa eu repassar um trecho da entrevista, que ia muito bem, até eu falar que estudava à noite. :

-Você estuda á noite?

- Estudo.- eu já sabia que rumo a entrevista ia tomar, e apesar de ter mais experiência que as outras candidatas, eu sabia que nas próximas perguntas ia perder a vaga.

- Que legal, você faz oque?

- Bacharel em Teologia.

Mudou a cara da mulher. Putz. E eu não jogo na loto.

- Então você é católica ou evangélica?

- Cristã.

-Mas de qual segmento?Pentecosta, neopentecostal, tradicional...? - disse a mulher.

- Depende. Quando oro, sou pentecostal, quando prego, sou batista. Não estou me encaixando bem nos rótulos.

-Mm. Então você vai á igreja quantas vezes por semana?- ela insistia, e eu já estava tentando lembrar o número de Rodrigo, colega de classe no seminário e advogado conceituadaço. Num país laico, isto não é conversa para seleção de emprego...

- Quantas vezes eu quiser.

- Mas qual a frequência?

- Quando podia, eu ia todos os dias, agora com o seminário, vou quando dá. Ás vezes domingo.

- E se sua chefe pedir para você trabalhar no domingo, o dia que você vai á igreja, você faltaria o culto para trabalhar?

- Já faltei. Sem problema.

-Ah, tá , sua ficha está aqui, comigo, qualquer coisa eu te ligo, tá?

Qualquer um que tenha enfrentado uma fila de emprego sabe que isto é um "não". E de fato, ela não ligou. Pensei em ligar, falar com a dona da empresa qie ela contratou uma gerente de RH preconceituosa, mas e se ela refletia a opinião da empresa?

Além disto, tem a decepção de amigos que pensam que você emburreceu porque se tornou cristão. Muita gente achou que eu tinha surtado ou repentinamente sofrido uma lobotomia.

E aidna tem os tópicos de redes sociais onde as pessoas declaram abertamente seu ódio a evangélicos, e sua intolerância religiosa. Afinal, não é politicamente incorreto tratar mal os cristãos, certo?

Essas foram algumas das várias situações de preconceitos e isto ninguém fala por aí. Esta semana, estava disposta a quebrar meus princípios e assistir o remake de Ti-ti-ti, por saudosismo de uma época que ainda dava pra assistir novelas. mas aí, me deparo com um personagem homossexual cujo pai não o aceita e diz que a mãe não aceita porque é religiosa. Bom, as cenas dos próximos capítulos, você pode imaginar. eles vão atear fogo nos cristãos novamente porque segundo eles, somos intolerantes, enfezados, aborrecidos, blá, blá, blá. Cara, se a Record tá roubando audiência da Globo, que que eu tenho a ver com isso? Eles que façam boas novelas. Também sou contra o (P)Edir Macedo, mas vai ser um saco aturar a onde de debates fake que isto vai gerar.
Sugiro uma coisa a evangélicos e homossexuais: saiam do meio do tiroteio. Não se deixem usar, nem sejam manipulados tanto pela globo quanto por qualquer pastor mercenário. Vivamos nossas vidas e deixemos viver. Não sejamos nós os galos de rinha que vão ser postos na arena para brigar e render dinheiro ou IBOPE pra ninguém.
Se Deus, que quando foi duramente criticado por Jó, ouviu as críticas e argumentou pacientemente, por que precisamos nos debater? Se fosse assim, não havia mesa redonda pra futebol, afinal "política, religião e futebol não se discutem". O ser humano está sempre buscando meios de se odiar, desde o início dos tempos. Levantar bandeiras é outra forma de fazer isso.

O  vídeo que postei mostra o documentário de Ben Stein,  um daqueles atores coadjuvantes que as pessoas sabem quem é mas nunca lembram do nome - ficou famoso como um professor de economia em "Curtindo a Vida Adoidado" (1986). Neste documentário, em que ele também assina o roteiro, Ben mostra sua proeza intelectual investigando o que chama de cientistas esnobes. Além de apresentar professores e mestres, os confronta em assuntos polêmicos como a existência de Deus e a teoria do darwinismo. E mostra o mito do cientista imparcial, aquele que está buscando apenas a verdade e não está buscando provar suas convicções. Veja o documentário sobre "Design inteligente" e me diga que cristãos não sofrem preconceito. Sabe oque faz a diferença? Sabe porque a gente não faz disso um feriado nacional?
Porque a gente não tá nem aí pro que andam falando. quem ensinou isso? Jesus. Quando Jesus disse: "Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra"- era essa a idéia. Bater na face era uma punição para aqueles que blasfemavam contra Deus. Naquele momento, muitos entendiam qeu Cristo era blasfêmia. O que Jesus queria dizer era isto: "não se importem, continuem pregando".

Augusto Coury, em seu livro: "Mestre dos Mestres", diz:
"Cristo não falava da face física, da agressão física que compromete a preservação da vida. Ele falava da face psicológica.
Se fizermos uma análise superficial, poderemos equivocar-nos e crer que dar a outra face é uma atitude frágil e submissa. Todavia, temos de nos perguntar: dar a outra face é um sinal de fraqueza ou de força? Dar a outra face incomoda pouco ou muito uma pessoa agressiva e injusta? Se analisarmos a construção da inteligência, constataremos que dar a outra face não é um sinal de fraqueza, mas de força e segurança. Só uma pessoa forte é capaz de dar a outra face. Só uma pessoa segura dos seus próprios valores é capaz de elogiar o seu agressor. Quem dá a outra face não se esconde, não se intimida, mas enfrenta o outro com tranquilidade e segurança.

Quem dá a outra face não tem medo do agressor, pois não se sente agredido por ele, e nem tem medo da sua própria emoção, pois não é escravo dela. Além disso, nada perturba tanto uma pessoa agressiva como dar-lhe a outra face, como não responder à sua agressividade com agressividade. Dar a outra face incomoda tanto essa pessoa que é capaz de lhe causar insónia. Nada incomoda tanto uma pessoa agressiva como ter para com ela uma atitude complacente.

Dar a outra face é respeitar o outro, é procurar compreender os fundamentos da sua agressividade, é não usar a violência contra a violência, é não se sentir agredido diante das ofensas que lhe desferem. Somente uma pessoa que é livre, segura e que não gravita em torno do que os outros pensam e falam de si é capaz de agir com tanta serenidade.

Cristo era uma pessoa audaciosa, corajosa, que enfrentava sem medo as maiores dificuldades da vida. Era totalmente contra qualquer tipo de violência. Todavia, Ele não discursava sobre a prática da passividade. A humildade que proclamava não era fruto do medo, da submissão passiva, mas da maturidade da personalidade, confeccionada por intermédio de uma emoção segura e serena.

Cristo, através do discurso de dar a outra face, queria proteger a pessoa agredida, fazê-la transcender a agressividade imposta pelo outro e, ao mesmo tempo, educar o agressor, levá-lo a perceber que a sua agressividade é um sinal de fragilidade(...)

Na proposta de Cristo, o agressor passa a rever a sua história e a compreender que se esconde atrás da violência."

Por estas e outras,uma boa seman pra você.
Em Cristo,
Lya Alves




Em Cristo,

Lya Alves

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