MundiArt apresenta: "A supremacia do Abstrato" no ICG



A Supremacia do abstrato
Wassily Kandisnky, pintor de origem russa, passou à historia como o criador do abstracionismo e teórico de arte mais influente do século XX. Em meio a instabilidade política da época precisou conviver com a intolerância do regime socialista e da Alemanha Nazista para defender sua pintura. As primeiras reações da crítica à obra de Kandinsky foram de absoluta surpresa e rejeição. O abstracionismo se desenvolveu até ser o traço predominante de toda a produção artística realizada ao longo do século 20, se impondo com sua recusa radical a qualquer espécie de representação. No Brasil, Mário Pedrosa defendia a importância da arte abstrata-concreta no contexto brasileiro e latino-americano na década de 50. Foi exilado pela primeira vez entre 1927 e 1929, quando foi enviado pelo partido Comunista para estudar na escola leninista de Moscou. A partir do segundo exílio, em 1945, será o grande incentivador dos artistas abstratos no Brasil, e o desencadeador do debate figurativismo X abstracionismo. A defesa do abstracionismo/concretismo era uma proposta de emancipação estética e da sensibilidade, um verdadeiro programa para ultrapassar o localismo, estratégia para não responder a expectativa da metrópole. Mas hoje vemos nas lojas de decoração e entre os arquitetos que o abstrato é unanimidade. O Abstracionismo, que começou como atitude irreverente e revolucionária frente ao mercado e as instituições, foi absorvido e digerido pela indústria de consumo e é defendido pelas mesmas instituições que o condenaram. Isso me faz lembrar um pensamento de Schopenhauer: “Toda verdade passa por três estágios. No primeiro, ela é ridicularizada. No segundo, é violentamente combatida. No terceiro, é aceita como evidente por si própria.”
Lya Alves
The Supremacy of the abstract
Wassily Kandisnky, painter of Russian origin, made history as the creator of the abstract and art theorist most influential of the twentieth century. Amid the political instability of the time needed to cope with the intolerance of the socialist regime and Nazi Germany to defend his painting. The Early critical reaction to the work of Kandinsky was an absolute surprise and rejection. The abstract is developed to be the predominant feature of all artistic production run throughout the 20th century, asserting itself with its radical rejection of any form of representation. In Brazil, Mário Pedrosa defended the importance of concrete-abstract art in the Brazilian and Latin American in the 50's. He was exiled for the first time between 1927 and 1929, when he was sent by the Communist Party to attend the Lenin School in Moscow. From the second exile in 1945, is the chief proponent of abstract artists in Brazil, and started off the debate X figurative abstraction. The defense of the abstract / concrete proposal was one of emancipation and aesthetic sensibility, a real program to overcome the localism, the strategy not to answer the expectation of the metropolis. But today we see in decorating stores and among the architects that the abstract is unanimity. The Abstraction, which began as irreverent attitude and revolutionary front of the market and institutions, has been absorbed and digested by the consumer industry and is defended by the same institutions who condemned him. This reminds me of a thought of Schopenhauer: "All truth passes through three stages. At first, it is ridiculed. In the second, it is violently opposed. In the third, is accepted as obvious by itself. " Lya Alves

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